Inspirada em House of Night

Imagem no separador devido à Anne (visitem o blog dela :D)

Quinta-feira, 21 de Abril de 2011

Capítulo 13: Profecia de Invasão

- Obrigada – gaguejei, quando ele me passou o livro.

- De nada, Abigail – ironizou e olhei para ele, confusa. Fitei os olhos negros dele e o cabelo também preto asa de corvo e percebi. Era ele, o rapaz da internet. Maddox, um nome realmente estranho.

 

Virei-me repentinamente por não saber o que dizer e fui requisitar o livro, sentindo os olhos dele fixos na minha figura.

Quando saí da biblioteca, fui para a escola e deitei-me no quarto a ver o livro. Para minha surpresa não abriu: sim, mesmo isso. Puxei a contracapa, tentei abrir pelo meio das folhas, mas parecia estar colado. Atirei-o para cima da cama frustrada, não conseguia perceber como é que não abria. Tirei a camisola e a saia, atirando-as também para cima da cama. Ia vestir os calções do pijama quando a porta se abriu bruscamente. Ia já reclamar, quando reparei que Lucy estava com uma expressão horrorizada na cara:

 

- Que se passa? – Perguntei preocupada e enfiei o top do pijama.

- Anda Abigail. Vamos evacuar a escola – berrou.

- O que é que aconteceu? – Perguntei e corri para junto dela.

- Calça-te primeiro, não vais para lá fora assim. Despacha-te, és mais lenta do que um hipopótamo a tentar fazer sapateado – ignorei-a enquanto calçava as Converse.

 

Corri atrás de Lucy e reparei que fomos até ao salão de treino. Vi os meus amigos reunidos e precipitei-me a ir ter com eles:

 

- O que é que aconteceu? – Repeti, desta feita para eles. Mas será que ninguém me respondia?

- Estás de pijama? – Perguntou Mariah, constatando o óbvio (inconveniente).

- Não, este é a minha forma original, sabes sou um extraterrestre – comentei cínica (se ela foi inconveniente, então eu vou ser censurada) – Respondam.

- Acho que estão a planear invadir isto. A directora tem visões e viu-os chegar.

- Viu-os, a quem?

- A eles, Abe. Aos feiticeiros – respondeu-me Philippa.

 

Freya, de repente, soltou um gritinho:

 

- Que se passa? – Perguntou Richard, preocupado. Pois, amigos mesmo... Só amigos, pftt.

- Abe, dá-me o teu relógio. Dá-me o teu relógio, por favor – não percebi o que queria, mas desapertei-o e entreguei-lhe. Ela passou-lhe os dedos e a sua visão desfocou. Com um arrepio (mesmo como é representado nos filmes de terror) começou a falar rápido – O Heath ofereceu-te este relógio, mas onde o comprou?

- Como sabes que o Heath mo comprou? – Inquiri surpreendida.

- Ela sabe sempre – respondeu-me Sam – E podes fechar a boca, Abe – abri a boca para perguntar como, mas ele adiantou-se - ela é extremamente sensível, sendo que de vez em quando, quando toca num objecto mais pessoal e íntimo para alguém, é capaz de observar as recordações da pessoa que a levam a gostar tanto desse objecto, o que a ajuda a saber os pontos fracos dessa pessoa.

- O Heath comprou-mo… hum… numa feira de produtos usados. Tem uma história engraçada até: ele ia comprar-me um relógio, mas de repente um homem apareceu com esse relógio e disse-me que o vendia por 10 euros só. O Heath ia dar 50 euros por um que não era de marca e depois vê esse de marca, por apenas 10. Óbvio que eu lhe disse para ficar com esse ri ao lembrar-me.

- Esse relógio é estranho – comentou Freya dando-me para o pôr no pulso Não sei porquê, mas vou descobrir.


Sinceramente, não percebi, mas também não perguntei porque a directora começou a falar. Vi que estava num estrado e nem precisou de reclamar silêncio, pois a sua figura ostentava poder e ninguém lhe desobedeceria.

 

- Vou expor a situação muito rapidamente: esta escola vai ser brevemente invadida pelos feiticeiros. Vai haver guerra novamente por motivos já do vosso conhecimento – baixei a cabeça. A culpa era minha – Agora há duas opções ou vêm connosco para a escola provisória nas montanhas ou são reencaminhados para a Europa. Apesar de lá a guerra também despontar, aqui será muito mais forte, pois estamos na maior escola de vampiros e foi devido a pessoas daqui que a guerra vai começar. Não que tenham culpa, pois a guerra iria começar em questão de pouco tempo. Quem for para a provisória que vá para o lado direito - ela tinha sido realmente directa, a situação devia estar péssima.


Olhei para os meus amigos e vi que estavam confusos. Mas eu sabia o que tinha de fazer, ia ter que assumir o que fiz. Com isso a pesar-me na consciência, fui a primeira a dar um passo na direcção da escola provisória. Olhei para o lado e vi que Gabe me sorria orgulhoso como os pais fazem quando a filha deles faz algo de bom e eles dizem «Esta é a minha menina!».

A partir daí, os meus amigos vieram ter comigo, seguidos de muita mais gente. Ao contrário do que esperava, Lucy também veio.

Ficaram cerca de 50 iniciados do outro lado da sala e entendi-os como menos corajosos. Era preciso coragem para seguir para o que sabíamos ir ser o maior campo de guerra e que poderíamos ser mortos.

A directora seguiu para eles e deu-lhes bilhetes de avião (nem imagino o dinheiro que gastou porque não tinha uma estimativa dos alunos que iam preferir abandonar esta escola… bem, se calhar tinha através da visão dela).

 

- Vamos então?  Não podemos correr porque se não uns ficariam para trás… Temos que andar devagar por muito que nos custe, para não darmos nas vistas – Assentimos e começamos numa marcha lenta. Quando me virei, vi que Gabe estava à minha beira de mãos nos bolsos, com um ar culpado no rosto.

- Desculpa – pediu.

- Na boa – disse. Sabia ter sido parva para ele também, por isso, de certa forma mereci. Continuei a andar e já tínhamos saído do recinto da escola (para a realidade exterior cheia de seres sobrenaturais prestes a matar a sangue frio... ah espera, nós estamos a transformar-nos em vampiros, por isso, essa caracterização devia ser nossa. Ah, óptima, Abigail Berry, continua a difamar a tua espécie que vais longe!), quando ele me agarrou o braço, puxando-me para trás – Estás doido? Podem ver-nos – murmurei.

- Preciso de falar contigo.

- Diz – concedi quando ficamos para último e tínhamos deixado uma Philippa, uma Freya e uma Mariah perplexas e um Richard e um Sam desconfiados.

- Desculpa a minha reacção. Nunca te poderia ter feito isso. Eu sou o teu Guerreiro, nunca deveria sequer deixar os meus sentimentos interferirem na tua protecção.

- Mas que raio é um guerreiro? – explodi. Estavam sempre com o guerreiro para ali, guerreiro para acolá mas ninguém me tinha explicado o que era.

- Um guerreiro é quando um vampiro diz a uma vampira que a vai proteger sempre. É uma promessa e estabelece um vínculo entre eles. Eu ainda não me prometi como teu guerreiro, mas devido ao meu dom que te falei, de saber sempre onde estás ou estavas (por isso te encontrei no assalto, apenas demorei por seres iniciada e a ligação ainda não ser totalmente perfeita) e as tuas emoções por seres a dona do meu coração, é basicamente a mesma coisa. Quando passares a Mudança, prometer-me-ei.

- Isso deve ser fixe.

- É praticamente igual ao que temos agora e de que tu não pareceste gostar, também nunca deixaria que te fizessem nada – encolheu os ombros. Ia protestar, não é que eu não gostasse... Pronto, só gostava de ter privacidade! Ele agarrou-me na mão, começando a desenhar círculos na palma com o seu polegar – Mas o que estava a falar é que se te acontecesse alguma coisa depois do que te disse e não chegasse a tempo iria sentir-me culpado para sempre… Desculpa mesmo. Às vezes lidar com as emoções e com o trabalho é muito complicado.

- Deixa lá – respondi com um grande sorriso e ele abraçou-me. Então, ele puxou-me para me dar um beijo. Contudo, estava muito confusa para isso. Afastei-me e vi no seu olhar que ficou triste, mas os seus braços não cederam nem um milímetro, continuando a abraçar-me.

- Vamos lá? – Perguntei – Vamos perder o grupo.

- Não te preocupes. Comigo estás em segurança – assegurou com um sorriso, mas percebi que as suas palavras eram sérias e verdadeiras. Contudo, nem elas me acalmavam o terrível pressentimento que tinha sobre aquela noite… Algo ia correr mal e eu não iria poder intervir.

 

Gabe ao sentir o que ia no meu íntimo, deu-me a mão:

 

- Vais ver que vai tudo correr bem. E, já agora, esse top e esses calções ficam-te mesmo bem. Curtos e assim – riu-se baixinho, fazendo-me sorrir também. Mas nem isso me acalmou, enquanto percorríamos a estrada, escondidos pelo breu.

 

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Heyyyyy :D

Muito obrigada por todos os comentários *-*

Espero que gostem deste capítulo (:

Beijinho (L)

 

 


 

 

 

 

publicado por -MP às 19:20
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De SaraFilipa' ♥ a 21 de Abril de 2011 às 19:28
ai o Gabe preverso por ver a Abbe em calçoes curtinhos :b


Comentar:
De
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